Como instalar o aplicativo Libreflix usando o .apk no Android

Por Guilmour Rossi e Michael

O aplicativo Libreflix para celulares Android já foi lançado há algum tempo, mas algumas dúvidas surgem na hora de instalar o app usando o arquivo .apk.

Esse é um breve tutorial para te ajudar na instalação se você estiver tendo dificuldades.

As dois principais problemas enfrentados são que o Android bloqueia a instalação fora da loja oficial Google Play, mas você pode desmarcar essa opção nas configurações. Outro problema ocorre ao tentar fazer o download do .apk pelo Chrome, onde ele também bloqueia a instalação ao menos que você diga expressamente que quer fazer o download do arquivo. Vamos lá…

Fontes Confiáveis

Primeiro, vamos autorizar a instalação pelo arquivo .apk.

1. No seu Android, vá em Configurações ou Configurar;
2. Em Configurações, logo em seguida clique em Segurança;
3. Em seguida, ative as permissões de Fontes Desconhecidas;

Fazer o download do Link

Agora, vamos fazer o download do arquivo.

1. Acesse do seu navegador o endereço Libreflix.org/apps/
2. Estando na página, encontre o bannerDownload para Android“;
3. Segure em cima do banner até que apareça mais opçãos;
4. Clique em “Fazer download do link“;
5. O download começará. Quado terminar, clique em “Abrir“;
6. E agora escolha “Instalar“.

Pronto, seu app já está instalado e você pode curtir filmes livres em seu celular.

Qualquer dúvida, deixe-nos saber.

Abraços libres! <3

5 filmes para entender mais sobre as ocupações urbanas

Por Karolyna Gutierres, Guilmour Rossi e Marcielo de Moraes

No dia 1 de maio, em São Paulo, um prédio que servia de abrigo para mais de 150 famílias desabou. Logo o desastre emergiu nos meios de comunicação de massa e retomou uma discussão já muito antiga das grandes metrópoles: o problema habitacional.

Especulação imobiliária, falta de planejamento urbano, distribuição espacial irregular, desemprego, concentração de imóveis nas mãos dos grandes proprietários, desigualdade e falta de regulamento no valor dos aluguéis são alguns dos problemas socioambientais que dificultam o direito à moradia para a maior parte da população em grandes cidades e periferias pelo mundo. Uma das alternativas é a ocupação.

Prédios abandonados, muitas vezes pelo próprio governo, servem de refúgio para milhares de famílias que se juntam para otimizar o espaço de forma política e social. É certo que casos como esse último da capital paulista poderiam ser evitados se o Estado não fosse negligente ao investir na desocupação desses espaços ao invés de fomentar políticas públicas que garantissem o mínimo de dignidade a essa população.

Ocupar é sim resistir! Diante desse cenário urbano caótico, ocupar é também tentar sobreviver.

Listados a seguir estão alguns documentários no Libreflix para você ver mais de perto essas lutas:

1 – Leva (2011)

Foto: (CC BY-SA) Fora do Eixo

No coração de São Paulo pulsa o maior movimento de luta por moradia da América Latina. Famílias desabrigadas ocupam o edifício Mauá, um dentre muitos ocupados no centro da cidade., O documentário LEVA acompanha a vida de moradores da ocupação e revela a organização de siglas que se unem numa organização para transformar os espaços abandonados em habitáveis. A estruturação do edifício pelos movimentos de luta de moradia irá refletir na reorganização e redescoberta das pessoas como indivíduos através do coletivo.

Leva (2011)
Dirigido por Juliana Vicente e Luiza Marques
2011 · 12 · 55m

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2 – Dandara – enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito (2014)

O longa documentário, dirigido pelo argentino Carlos Pronzato, conta a história da Ocupação Dandara, até então a maior ocupação das Minas Gerais. O filme usa de depoimentos dos moradores, apoiadores e militantes para mostrar a árdua luta contra o capital especulativo.

Dandara (2014)
Dirigido por Carlos Pronzato
Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito · 2014 · 10 · 1h 05m

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3 – Atrás da Porta (2010)

O documentário Atrás da Porta registra a experiência de arrombar prédios e criar novos espaços de moradia das famílias sem-teto do Rio de Janeiro. O filme expõe também uma série de despejos forçados pelo Estado e como esses despejos são o início de uma das maiores intervenções na cidade. No documentário, o projeto chamado de “revitalização” é questionado pelos próprios moradores de várias ocupações.

Atrás da Porta (2010)
Dirigido por Vladimir Seixas e Chapolim
2010 · 10 · 1h 32m

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4 – À Margem do Concreto (2006)

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um documentário sobre os sem-teto e os movimentos de moradia em São Paulo. O filme acompanha a atuação de várias lideranças que promovem atos de ocupação na região central de São Paulo e que estão fazendo justiça social com as próprias mãos.

À Margem do Concreto (2006)
Dirigido por Evaldo Mocarzel
2006 · Libre · 1h 26m

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5 – Por Um Sonho Urbano (2014)

Por um sonho urbano irá contar a história das mais de vinte famílias que moram na Ocupação Saraí, um prédio abandonado no Centro de Porto Alegre, entre as ruas Caldas Júnior e Mauá. O documentário irá retratar o dia a dia dos moradores, as suas atividades de rotina, o funcionamento do coletivo e as ações de luta pelo direito de morar à luz do movimento nacional de luta pela moradia.

Por Um Sonho Urbano (2014)
Dirigido por Edye Wilson e Gisele Gonçalves
2014 · Livre · 19m

Assistir no Libreflix >>

Apresentando o Libreflix no Flisol – Natal 2018

Por Júlio Lira

No último fim de semana, no dia 28, eu falei um pouquinho sobre o projeto na edição potiguar do Festival Latino-americano de Instalação de Software Livre.

Falar para uma pessoa: “Tal pessoa falará sobre Libreflix” faz transparecer que estaria anunciando um produto ou um software, mas o meu objetivo foi mais do que isso. Eu queria mostrar a profundidade que esse nome carrega, ela não é apenas um site de *streaming*, ela é uma filosofia, e mais, ela é uma comunidade de voluntários que mostra a voz de novas iniciativas de filmes, novos documentários, e consegue até mesmo quebrar as barreiras econômicas e sociais, dando o melhor possível serviço de *streaming* gratuitamente, sem análise suja de dados, respeitando o usuário com software livre e uma comunidade inclusiva e respeitosa. Por isso senti o peso de falar sobre algo tão profundo e além disso, assumo, senti medo de retaliação contra nossas ideias.

Ao marcar o horário notei que a organização me pôs para ser um dos primeiros a falar. Eles até pinaram no grupo responsável pelo evento a palestra “Libreflix.org”, e a organização potilivre foi totalmente solidária; ao lerem minha submissão de palestra ficaram bastante interessados (não apenas pelo site, mas por toda mensagem que levamos), e deram total apoio e espaço a palestra em que eu iria falar.

Isso me deu bastante animo, pelo contrário de o que eu pensava eles não me bloquearam de nada – na verdade me ajudaram! Eu notei que existem ainda organizações que lutam pela mesma ideia, visam o mesmo objetivo, e isso foi o necessário para falar impolgadamente ao Guilmour sobre a palestra e sobre a aceitação e boa recepção que tive. ♥

Como eu era um dos primeiros a palestrar fiz o possível para não chegar atrasado, mas ao chegar estava bem próximo do horário da minha palestra. Notei que todos estavam bastante atentos, e logo chegou a vez de exercer a grande responsabilidade de retratar o máximo possível o que é a Libreflix.

Me chamou bastante atenção que ao abrir o slide e iniciar a palestra um dos organizadores chamado José Roberto me fez uma pergunta: *”Afinal, se fala “Laibre-flix” ou “Libre-flix”?*. Ele me perguntou porque eu havia falado com uma fonética de “laibre”, e isso me fez pensar enquanto eu falava sobre ela.

Fiquei espantando comigo mesmo, no momento. *Como eu nunca tinha parado para pensar nisso?* É claro, o nome Libreflix vem de libre, liberdade, ser livre… Essa ficha ter caído só naquela hora vence ainda a própria ideia de que eu tinha da Libreflix e me deu ainda mais entusiasmo para apresentar o projeto.

Enquanto falava, pensei sobre a liberdade e o sentido profundo que não só a comunidade Libreflix carrega mas como outras comunidades e organizações que possuem essa visão de mudança e sabem que é possível mudar para melhor o mundo; com justiça, igualdade.

E o mais poderoso: a capacidade que temos com a nossa união. Pude ter a honra de falar e convidar a outros desenvolvedores para que venham participar de nossa comunidade.

E mesmo se senti nervosismo, notei que aquilo era algo novo a maioria, e o que foi mais gratificante de tudo isso foi terminar a palestra e ver várias pessoas entrando em nosso grupo no telegram querendo conhecer e participar da nossa família. ♥

Os slides da apresentação podem ser encontrados clicando aqui.